Essa semana na faculdade, especificamente na aula de Arquitetura de Computadores, rolou algumas dúvidas sobre cloud computing, a pergunta partiu de um amigo meu, o Mateus. Discutimos um pouco e resolvi pesquisar sobre o assunto, eis que aqui posto de uma forma simples e clara o que é cloud computing e como funciona.
É um termo usado no nicho de serviços web, novos e mirabolantes planos de hospedagem e por aí vai... A nuvem nada mais é que um conjunto de servidores, que rodam os mais diversos serviços e se comunica com o cliente através da Internet. O fato de o servidores estarem alocados em datacenter bem distante do cliente, com a manutenção, upgrades, políticas e modificações feitas todas pelos administradores no local, sem que o cliente fique por dentro do que acontece, o processo se torna bem impessoal, aquela coisa de uma pessoa ficar cuidando do seu servidor deixa de existir. A idéia central por trás do Cloud Computing é fornecer serviços através da Internet, permitindo que você acesse arquivos, documentos, e-mail, rode aplicativos e assim por diante, a partir de qualquer PC conectado à web. O fato da comunicação se dar pela web nos trás algumas coisas ruins como o desempenho (que fica condicionado à velocidade da conexão) e a limitação óbvia de que os aplicativos ficam indisponíveis se a conexão cai. Vale lembrar também a questão da segurança e privacidade dos dados, uma vez que eles não estão mais no seu escritório ou quarto, mas em uma nuvem, armazenados e duplicados em diversos servidores.
Com relação à hospedagem, em cada datacenter, temos algumas centenas ou milhares de servidores, configurados em um sistema de cluster, o que faz com que se comportem como se fosse um único supercomputador. As tarefas são distribuídas e os dados são armazenados de maneira descentralizada, com uma camada de redundância.
O sistema se comporta de maneira bastante transparente, permitindo que novos servidores sejam adicionados quando mais poder de processamento é necessário e que os dados não sejam perdidos em caso de defeitos em alguns dos servidores, assim como ao usar vários HDs em RAID 5 ou RAID 6.
Dois bons exemplos seriam o Gmail e o Google Docs, dois serviços onde os dados são armazenados nos datacenters do Google e você simplesmente acessa as informações utilizando o navegador, seja através do próprio PC, ou de um smartphone ou qualquer outro dispositivo conectado. O usuário não precisa se preocupar em instalar o OpenOffice ou o MS Office, nem aprender como compartilhar arquivos ou fazer backups.
Nesse ramo de cloud, temos também os "cloud servers" seriam os servidores virtuais clusterizados. A idéia básica é que você pode definir quanto poder de processamento, memória e espaço de armazenamento precisa na hora de assinar o plano, com a mensalidade variando de acordo. A empresa de hospedagem assume então um compromisso de entregar os recursos determinados, independentemente de oscilações no uso dos servidores. O legal disso tudo é que você não precisa administrar o servidor dedicado, não existe mais preocupação com backup, redundância, a empresa que vendeu o plano é responsável por tudo isso.
No Brasil algumas empresas já oferecem os serviços de cloud, mas a idéia ainda não pegou de vez. Algumas pessoas acham que é modismo, porém cloud vai muito além do que as pessoas imaginam. Agora com o governo adotando esses planos de banda larga por um preço bem inferior, popularizando de vez a Internet para todos, o crescimento da "computação na nuvem" seja inevitável. As vantagens de poder acessar seus arquivos de qualquer lugar, sem necessitar instalar nada, e mais ainda, sem precisar ficar se preocupando em deixar algum arquivo no pc de alguém ou em algum pc de uso público, são motivos mais que suficientes para justificar sua adoção.
Fora o fato de rodar independente de sistema operacional instalado no pc cliente.
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